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05/06/2017

Entrevista - Cecília Kerche - Primeira Bailarina BTM RJ


Começa hoje aqui no Mundo Bailarinístico uma série de entrevistas exclusivas. Estou honrada por poder começar com a Cecília Kerche ♥ Seu nome constitui um dos expoentes mais notáveis surgidos no ballet Latino-Americano das últimas décadas.

Nascida no Brasil iniciou seus estudos com Vera Mayer, Halina Biernacka, Pedro Kraszczuk seu maestro e marido.
Integra o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro como Primeira Bailarina e paralelamente tem sido convidada a se apresentar nos mais importantes festivais brasileiros e internacionais.
Nos mais importantes teatros de quatro continentes,  apresentou-se ao lado de grandes bailarinos.
Com um vasto repertório, incluindo diversas versões dos mais importantes clássicos, apresentou-se junto ao Ballet Nacional do Chile, Teatro Colon na Argentina , assim como em companhias na Rússia e Estados Unidos, assim com o Ballet Nacional de Cuba.
No English National Ballet, atuou como Senior Principal Resident Guest Artist, dançando em turnês pela Coréia e Inglaterra.
Foi aclamada por Madame Nathalia Makarova como a melhor intérprete de Odette/ Odile em O Lago dos Cisnes.
Suas apresentações em diversas Galas coreográficas a têm levado à: Nova York, Madrid, Moscou, Odessa, Novosibirsky, Tashkent e Ufá (Rússia), Londres, Melbourne, Sidney, Santander, Peralada,  Nervi, Jerez , México, Caracas, Santiago de Chile, Assunción, Montevidéu, Buenos Aires, Puerto Rico, Dresden, Bruxelas Antuerpia e Paris nestas últimas cidades tomou parte no espetáculo Les Gèants de La Danse, junto à Maya Plissetskaya entre  outras estrelas internacionais.
2010 marca o ano de comemoração de seus 20 anos de carreira internacional, e para marcar esta data lançou seu livro "Cecilia Kerche, Vida e Palco".
Em 2013 fez parte da seleta banca de jurados do Festival Internacional de Ballet TANZOLIMP em Berlin.
O grande carisma desta artista junto ao público baletomano motivou a criação de uma grife de sapatilhas de ballet com seu nome.



Conte-nos suas maiores dificuldades quando começou a fazer ballet.

CK - No começo não sentia dificuldade alguma, era um "mundo" que eu não conhecia.
Aprender os passos do ballet, a nomenclatura em francês , seus códigos de tempos musicais, ver as alunas mais adiantadas em aulas de saltos e giros, estava sendo apresentada a ele e tudo me encantava. Somente mais tarde pude me dar conta da dificuldade que era, uma única sala com piso de tacos (totalmente inadequado para o estudo do ballet) com espelhos que mal davam para ver meu reflexo nele, onde somente uma determinada professora, dona Vera Mayer, dava aulas o dia inteiro para várias turmas com uns poucos discos de aula, e muitos deles "pulavam muito " pois isso era época do vinil.

Qual o maior orgulho em sua carreira?

CK - Ter estudado somente aqui no Brasil, e daqui saí para os palcos de teatros internacionais, onde como bailarina convidada dancei ao lados dos mais importantes bailarinos do mundo em quatro continentes.

O que diria para um menino (a) que quer ser bailarino (a) profissional?

CK - Que se você achar e sentir que ama tanto a dança a ponto de quase não poder viver sem... Então renda se a este amor , pois esta carreira vai te exigir amor incondicional.

Em qual papel você se sentiu mais realizada?

CK - Em Tatjana do ballet Onegin com coreografia de John Cranko e música de Tchaikovisky.

O que considera o maior problema a ser enfrentado pelos profissionais de dança no Brasil?

CK - A falta de mercado, são pouquíssimas as companhias oficiais neste país.


O que você acha do crescimento da prática da dança contemporânea? Acredita que irá aumentar cada vez mais e diminuir assim a prática do ballet clássico?

CK - Acho importante que cresça, quanto mais gente estiver dançando mais gente feliz vai habitar este planeta. Não acho que qualquer estilo de dança perecerá em detrimento a outro.

Qual coreografia não enjoa nunca de ver ou dançar?

CK - São muitas ... Vou citar uma entre elas, Les Sylphides, devido a música de Chopin este ballet me transporta. Sempre gostei muito mais de vê lo do que dança-lo.

Se imaginava sendo umas das principais bailarinas do país?

CK - Sim!! Inclusive me coloquei um prazo para atingir esta almejada categoria. Me determinei que até meus 25 anos seria Bailarina Principal da companhia mais importante do Brasil o Ballet do Theatro Municipal.

Pra você dançar é:

CK - É liberdade, onde me reconheço como artista.

Site:  www.ceciliakerche.com
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