31/08/2018
Dia da Bailarina - Entrevista Especial com Yasmin Mattos > Melhor Bailarina do Festival de Joinville 2018
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Dia da Bailarina, sendo comemorado com este post lindo com uma entrevista muito especial com a Melhor Bailarina do Festival de Joinville 2018> Yasmin Mattos !!!! Premiada em quatro categorias, ela surpreendeu, arrasou, trouxe o jazz para o topo. Acho chique!
Iniciou seus estudos de dança no Grupo Fatu’s ( Ginastica Rítmica por 2 anos), e logo após ingressou na Escola Técnica de Musica e Dança Ivanildo Rebouças da Silva - Conservatório Municipal de Cubatão, onde cursou 11 anos de ballet clássico (Atualmente Formada). Tem em sua formação, conhecimento em Ginástica Ritmica, Ballet Clássico, Jazz e Contemporâneo.
Participou de muitos festivais dentro e fora do país, atualmente atuando na Cia de Dança de Cubatão como bailarina e também como assistente da coreógrafa Flavia Sá. Grupo artístico que foi eleito a Melhor Grupo do Festival de Dança de Joinville.
Ela falou com o Mundo B. com organização, cuidado e transbordando amor pela dança! =)
Como foi a sensação de ter sido escolhida a melhor bailarina do Festival, mesmo não dançando ballet clássico?
Este ano minha participação no festival representou um sonho. Na minha cabeça se passa um filme, relembrando tudo o que foi trabalhado e batalhado para estar lá, e todo o esforço valeu a pena. Sentimento de dever cumprido, realização e gratidão por cada momento.
Participei do festival com 4 coreografias, sendo duas no estilo contemporâneo e duas no jazz. Posso dizer que a cada pisada no palco uma sensação diferente e intensa, cada coreografia tem sua dramaturgia, significado e coreógrafos diferentes. Foi uma responsabilidade ter que mergulhar de maneira profunda em cada papel e se desligar rapidamente, para que no dia seguinte, estivesse pronta e inteira pra outra obra. E o mais encantador foi receber o retorno do público e jurados que super elogiaram cada um deles.
Ate agora não compreendi com clareza tudo o que aconteceu. A gente sonha e tem como objetivo sempre fazer o nosso melhor em cena, mas Deus vem e nos surpreende. Foi uma semana abencoada e bastante intensa de sentimentos, somente quem estava lá consegue ter essa dimensão. Então, receber este prêmio foi mágico e muito além do que eu esperava. É uma honra ser merecedora desse título sendo a primeira da minha região Baixada Santista a trazê-lo.
Junto com seu grupo, vocês levaram também o prêmio de melhor Grupo e saíram ovacionados pela plateia. Como você vê a importância deste momento para o cenário do Jazz Nacional?
A Cia de Cubatão é uma casa pra mim, onde eu fiz grandes amigos para a vida e pude evoluir pessoalmente, intelectualmente e principalmente evoluir tecnicamente a minha dança. Grupo que faz um trabalho com seriedade, sensibilidade, buscando sempre enfatizar o amor em tudo.
O prêmio de melhor Grupo é o maior prêmio que pode-se receber do Festival de dança de Joinville, e este prêmio foi um grande presente para nós, com certeza muito importante para que se entenda, que não somente o ballet clássico, mas que o jazz tem força, vive e pulsa em muitos corpos do nosso país. Existem inúmeros grupos e compainhas que trabalham com qualidade e saber que a Cia de dança de Cubatão foi reconhecida por isso não tem preço.
Conte-nos um pouco sobre sua trajetória. Como chegou até aqui.
Por que o Jazz?
Comecei na verdade no GR (ginástica rítmica) aos 6anos, onde fiquei por 2 anos.
Aos 7 anos também comecei a fazer ballet clássico em uma Escola técnica de música a e dança - Conservatório de Cubatão, onde uma prima minha já era integrante da escola, e assim escolhi seguir somente no ballet clássico.
Tenho formação em ballet clássico no Conservatório de Cubatão, que teve duração de 11 anos. Estudei principalmente a técnica de ballet, mas também a dança moderna, jazz, ballet de repertório, o básico de música e anatomia corporal, expressão corporal, composição coreográfica ....entre outros.
Também fazia parte de uma academia de jazz a Backstage dirigida por André Santos, e logo depois acabei fazendo um teste para a Cia de dança de Cubatão, dirigida por Vanessa Toledo, em 2011, passei e estou até hoje, me identifiquei com o trabalho de jazz feito na companhia e fui me apaixonando cada vez mais, hoje em dia divido esse amor também com o contemporâneo que também é trabalhado no grupo, e tenho a honra de estar presente em momentos tão lindos como este. E com certeza ultrapassando obstáculos e dificuldades em busca de sempre evoluir junto ao grupo.
Como você acha que esse título irá refletir em sua carreira como Bailarina?
A certeza que tenho é que a dança permanecerá comigo. A intenção é seguir o mesmo pensamento de a cada dia sempre evoluir. Seja aqui mesmo na minha cidade, ou buscando outros horizontes.
Mas com esse título a gente acaba tornando-se um símbolo, um ícone e um exemplo para muita gente, e digo isso pois a quantidade de mensagens que recebi e ainda recebo de pessoas é surreal. Pessoas agradecendo pela minha dança, pela minha verdade, e isso não tem preço.
Você vive da dança hoje em dia?
É um sonho de todo bailarino viver fazendo o que amamos, infelizmente no nosso país poucos tem esse privilégio.
Não posso dizer que vivo da dança ainda, mas a cia de dança de Cubatão recebe uma pequena ajuda de custo da prefeitura da cidade, o que já ajuda bastante, mas não dá pra viver somente com essa verba.