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12/01/2015

Entrevista Exclusiva: Fernanda Barreto

Muito mais do que formar bailarinos, nas diferentes técnicas e modalidades, o Studio de Dança Fernanda Barreto tem, como principal meta, educar através da dança - transformar através da arte. Em entrevista exclusiva ao Mundo bailarinístico, sua idealizadora, Fernanda Barreto fala sobre os resultados dessa experiência.


1) Qual foi o momento mais marcante durante sua formação?

Certamente, o ponto crucial na minha formação foram os aprendizados iniciais com Stellita Cruz e Claudia Saboya, dos meus 8 aos 20 anos. Foi nelas que eu me vi no futuro fomentando a Dança.

2) O que te levou a abrir seu próprio estúdio de dança?

Possuo a válvula empreendedora de forma inerente. Desde pequena "ajudava" minha mãe, que é cabeleireira até hoje, brincando de atender suas clientes, rabiscando formulários, atendendo telefone do salão. Organizava e brincava de dar aula e de criar mini espetáculos com as outras crianças, primos, vizinhos e amigos. Dei aula e coordenei em várias escolas e espaços culturais da cidade, além da minha formação acadêmica em Psicologia Organizacional do Trabalho e Pós Graduação em Gestão Estratégica de Micro e Pequena Empresa, que sem dúvida abriu os horizontes e as possibilidades técnicas para que eu abrisse o Studio. Coragem sempre tive, mas quando realmente surgiu a oportunidade, arregacei as mangas e fiz a junção do que mais amo e a veia empreendedora. Surgiu assim o Studio de Dança Fernanda Barreto.

3) Qual a sua opinião sobre os festivais competitivos no Brasil?

O Brasil possui um nível excelente de estrutura, nível técnico muito bom, ótimos profissionais na gestão e execução de cada evento, trocando ideias e experiências, abrilhantando todas as realizações. Sem dúvida ainda há uma escassez de recursos da iniciativa privada e governamental, um grande empecilho, com algumas exceções obviamente. Acredito que os Festivais competitivos só vem pra nos ajudar, nos fazer crescer e melhorar como bailarino, professor, coreógrafo, diretor de escola. Vejo-os como meio, não como fim.

4) Como é ver suas alunas selecionadas para o YAGP?

É um sentimento indescritível, a SATISFAÇÃO DO DEVER CUMPRIDO, a certeza do caminho certo. Na verdade todo aluno é uma extensão do Studio FB e ver elas sendo coroadas com a seleção de um evento desta magnitude é fabuloso. A descoberta de talentos nossos lapidados pelas nossas mãos que podem ir longe, voar cada vez mais alto.

5) Como professora, o que cada aluno deixa em você?

Sem dúvida, fazer o que ama tem um valor incomensurável.


Sou dura, exigente, chata, e insistente... mas no final das contas tudo vale a pena... O sorriso do aluno e essencialmente A SUA EVOLUÇÃO COMO SER HUMANO, cidadão em todos os sentidos, me deixa mais do que satisfeita.
Trabalhamos com conceitos e vivemos com princípios, e quando vemos a assimilação deles de modo sistêmico é como ganhar um prêmio todos os dias.

6) Como você procura se atualizar profissionalmente?

Na dança, o aprendizado é constante e ininterrupto, mesmo com algumas metodologias sendo bem tradicionais, a dança acompanha as evoluções do mundo atual com o avanço tecnológico. Procuro ler muito, utilizo todas as ferramentas possíveis do ponto de vista tecnológico, Internet, participo de eventos e Festivais em distintas partes do Brasil e este ano tivemos a primeira experiência internacional. Sempre debatendo e trocando informações com profissionais de diversas regiões. Enfim, a preparação é um dos quesitos que alicerçam e sedimentam nosso desenvolvimento e ascensão profissional.

7) Pra você dançar é:

Dançar é a representação material de sentimentos que surgem da alma e transcendem o próprio corpo. Pra mim, dançar é realmente sentir, sofrer, amar.


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