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06/10/2017

Mundo Bailarinístico Entrevista: Adriana Duarte Pontual

A Adriana Duarte Pontual falou com o Mundo Bailarinístico e hoje estamos trazendo este entrevista muito especial para nós! Esperamos que gostem!



A Adriana é uma carioca que começou seus estudos de ballet aos 3 anos de idade. Aprofundou seus conhecimentos de ballet com Eliana Karin no método Vaganova. Formada pelo San Francisco Ballet School (CA) com bolsa de estudos integral, se destacou em sua carreira pelo seu forte carisma e por sua interpretação artística. Aperfeiçoou-se no Boston Ballet com bolsa de estudos em 1994. Trabalhou na Companhia de Fernando Bujones e estagiou com a companhia do San Francisco
Ballet (CA). Ingressou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 2000 onde recebeu o título de Corifeu (Segunda Solista). Atuou como Assessora Artística da Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro entre os anos de 2016 e 2017. Atualmente atua como professora de ballet clássico da
Escola Estadual de Dança Maria Olenewa (EEDMO).

Entre suas premiações se destacam: XXI Prix de Lausanne – Medalha de Prata -1993 (Suíça)- 1ª Brasileira a receber medalha neste concurso internacional; VI Festival Internacional de Trujillo (Peru) - Segundo lugar- 1987; I Seminário Internacional de Brasília – Terceiro lugar – 1991; Festival de Dança de Joinville – 3 Medalhas de Ouro – 1989, 1990 e 1992.

Lecionou ballet nas academias de Dalal Achcar, Eliana Karin, Arte em Movimento e Tatiana
Leskova. Recentemente foi convidada para trabalhar na Russian Ballet Orlando (Flórida/EUA).

1) Quais são suas primeiras lembranças com a dança?

Minha paixão pela Dança foi à primeira vista

quando aos 3 anos de idade assisti a uma apresentação de ballet. Eu me lembro de sair do espetáculo saltitante e tentando repetir os passos. Parecia que naquele momento eu já havia decidido que seria uma bailarina.

2) O que aprendeu com duas participações em festivais ao redor do mundo?

Os Festivais Internacionais foram importantíssimos na minha formação! Além de me ajudarem a amadurecer em cena e a crescer artisticamente e tecnicamente pude receber oportunidades únicas na minha formação. Muitos Festivais Internacionais oferecem Bolsas de Estudos com tudo pago para as melhores escolas de ballet do mundo! Tive a sorte e o mérito de ser agraciada como ganhadora do Prix de Lausanne de 1993 na Suíça, assim me formei pelo San Francisco Ballet (CA) e me aperfeiçoei no Boston Ballet (MA) com tudo pago graças a esse concurso.


3) Qual importância você atribui à busca de formação também fora do nosso país?

Temos bons professores no Brasil, mas me preocupo com o mercado de trabalho daqui. A formação em uma grande e conceituada escola de ballet no exterior abre portas para o mercado de trabalho lá fora uma vez que os alunos normalmente participam das apresentações com a companhia de ballet. É uma oportunidade de ser visto, principalmente para aqueles que querem atuar na dança clássica que depende da estrutura de uma grande companhia de ballet.

4) Qual o ballet de repertório mais gosta? Você é daquelas que gosta de ver todos os ballets; todas as versões? 

O Ballet de repertório que mais gosto é O Lago dos Cisnes. Neste ballet não tem como não se sentir bailarina clássica nos chamados atos brancos (2º e 4º ato) onde todo a Corpo de Baile dança de tutu branco uma coreografia rica em desenhos e leveza. Enquanto bailarina, eu me concentrava em ver e aprender a versão do ballet que tinha para dançar. Hoje com uma visão mais ampla de professora e coreógrafa todas as versões me interessam. É importante pesquisar e aprender sempre!

5) O que diria para quem acha que ballet é chato?

O ballet bem dançado é muito bonito. Ele emociona e toca a alma! Mas o ballet que não é verdadeiramente levado a sério, quando não há uma entrega e um comprometimento de vida com essa arte também acho chato! 



6) Como vê a dança atualmente no Brasil?

Atualmente o Brasil está passando por uma crise generalizada! E é claro que a dança perdi muito com isso! Eu optei em fazer uma carreira no Brasil e depois de quase 20 anos de Theatro Municipal do Rio de Janeiro estou com a oportunidade de trabalhar na Flórida (EUA) a partir de setembro deste ano de 2017 para contribuir com a minha experiência no exterior e também me reciclar. Acredito no potencial artístico dos brasileiros, mas vejo a arte muito prejudicada neste momento em nosso país.

7) Para você dançar é? 

Para mim dançar é viver. É minha referência de vida. É o que faço desde os 3 anos de idade. É um amor incondicional, é querer trabalhar no feriado e nas férias. É ter sempre uma meta a ser conquistada! É sensação de dever cumprido depois de um dia exaustivo de ensaios! Acho que é uma missão! Somos escolhidos!!!

Acessem o site da Adriana: https://www.adrianaduartepontual.com.br/
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