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23/02/2016

Técnica Masculina - Parte II - Por Fellipe Camarotto

Dentro das diferentes escolas existentes (francesa, italiana, russa, americana, dinamarquesa, inglesa ou cubana), o aluno da técnica masculina, para dominar a dança clássica, deve aprender e compreender sua natureza e os seus meios de expressão.
Os movimentos de dança são numerosos e variados. Alguns estudantes começam o estudo de dança mais tarde do que o recomendado oito ou dez anos de idade. Embora algumas escolas forneçam aulas separadas para estudantes do sexo masculino, muitos meninos começam suas aulas espremidos entre meninas de maior tamanho e técnica mais avançada, imitando os passos, exceto pelos minutos quando o professor mostra um passo masculino. O ensino do bailarino deve ser com base no domínio de cada novo elemento antes de avançar para o próximo, com paradas ou pausas durante todo o processo de aprendizagem e não se baseando em exibição pirotécnica. Com aulas especificamente masculinas, o professor dá a exatidão para o aluno em cada parte da nova etapa, uma sensação de segurança no seu desempenho e um correto ritmo em sua execução.

É evidentemente a influência do professor, e no início, os alunos inevitavelmente imitam a maneira de executar do professor. Mas à medida que conhecem seu corpo e ganham confiança e uma certa independência no movimento, o professor deve incentivar cada aluno para trazer seus próprios sentimentos, sua própria abordagem, para cada combinação da aula, a fim de desenvolver sua própria forma de movimento, mas sem quebrar as regras do estilo acadêmico. Seria desejável encontrar um professor que mesmo com sua forma contemporânea e individual de movimento, não esqueça a tradição da bela maestria, inspirado pelas gerações de bailarinos que já deixaram o palco, para que a nova geração nunca aceite interpretações formais, encenação insuficiente ou musicalidade ou técnica descuidada ou imprecisa.

Durante as aulas deve haver vida e criatividade, educando o bailarino e o fazendo compreender que a técnica é o meio em que ele pode expressar seus pensamentos e sentimentos. Uma técnica morta e mecânica não pode servir uma arte que glorifica a criação. A forma do bailarino é o movimento, é o seu próprio meio de expressar sua individualidade. Durante a aula, cada passo e elemento deve ser feito inteligentemente, artisticamente, musicalmente e com compreensão e sensibilidade para os aspectos técnicos e desempenho da combinação. É necessário observar com atenção para que os alunos mostrem sinceridade e liberdade de afetação, para um movimento não encenado, sendo natural e não forçado. Esta abordagem de ensino permitirá que o aluno encontre sua individualidade, que é importante para o futuro bailarino. O modo de movimento do bailarino é determinado pelo seu nível de cultura como artista e como pessoa e não pode ser ensinado sem formação precisa.

Temas heroicos, revolucionários e contemporâneos são o pivô do repertório. Um lugar especial é ocupado pela figura masculina, que em muitos ballets têm se expandido nas suas remontagens. Tudo isso torna o estudo da dança para homens mais complexo e inclui muito do que é novo na técnica. Tarasov enfatiza um estilo masculino com uma relação digna para a contrapartida feminina. Desde o início, ele nos torna conscientes das características físicas, das diferenças psicológicas para o desenvolvimento do bailarino no seu máximo potencial artístico e sua versatilidade no palco.

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