17/05/2016
"Aprendi fazendo, obsevando sentindo..." Por Janaína Barros
Postado em:
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COLUNA DA JANAÍNA BARROS,
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❤
Acredito que, todos nos, quando começamos a
trilhar nosso caminho como professores tivemos nossas dificuldades em algum
momento.
Quando comecei a dar aula de ballet ainda era adolescente, tinha 15 anos. Pouca idade aliada à falta de informação volumosa que temos hoje, me redeu momentos bem tensos no aprendizado de ser uma professora de ballet.
Quando comecei a dar aula de ballet ainda era adolescente, tinha 15 anos. Pouca idade aliada à falta de informação volumosa que temos hoje, me redeu momentos bem tensos no aprendizado de ser uma professora de ballet.
Minha primeira turma foi de baby class, e pra ser
sincera não tive muita dificuldade, já que aliava o conteúdo às estorinhas e
coisas lúdicas. Me sentia bem ali.
Conforme o tempo foi passando fui me deparando com
turmas cada vez mais diferentes e quando via, tinha que adaptar a linguagem o
modo e o formato da aula.
Como havia dito, o pouco acesso à informação na
época, fez com que eu recorresse com muita atenção aos conselhos e dicas dos
professores que vinham dar cursos e mesmo adaptar minhas experiências
anteriores ao quê fazer na medida em que tudo fosse mudando.
Minha maior dificuldade durante algum tempo foi
encarar turmas de 10 a 12 anos, não sabia porquê, mas todas vez que tinha que
dar aula a turma dessa faixa etária tremia.
Aos poucos fui descobrindo que crianças dessa idade estão em processo de descoberta de como o mudo funciona e buscam toda hora uma forma de viver nele conforme seus sentimentos e desejos. Foi um processo intimidante, frustrante e emocional. As crianças eram rápidas em cobrar promessas, viviam eternamente clamando por uma espécie de “justiça”, testavam regras, procedimentos e a minha pessoa, como se quisessem ver até onde podiam ir; tentavam travar comigo uma luta de poder em sala, o que aceitei por um tempo, mas depois fui descobrindo como funcionava. Muitas vezes me sentia intimidada.
Aos poucos fui descobrindo que crianças dessa idade estão em processo de descoberta de como o mudo funciona e buscam toda hora uma forma de viver nele conforme seus sentimentos e desejos. Foi um processo intimidante, frustrante e emocional. As crianças eram rápidas em cobrar promessas, viviam eternamente clamando por uma espécie de “justiça”, testavam regras, procedimentos e a minha pessoa, como se quisessem ver até onde podiam ir; tentavam travar comigo uma luta de poder em sala, o que aceitei por um tempo, mas depois fui descobrindo como funcionava. Muitas vezes me sentia intimidada.
Com o passar do tempo fui entendendo que não eram
só os interesses e sentimentos das crianças que bastavam.
Elas precisavam aprender sobre “consequências” e eu, assumir meu poder sobre a situação.
A sala de aula era meu território, onde haviam regras que serviam não para tirar-lhes a liberdade, mas para assegurar-lhes o aprendizado e fazer valer o real sentido de estarem ali. Tive que aprender a mostrar que eu tinha interesse no interesse delas e tentava fazer isso com gentileza e cordialidade e com uma dose certa de autoridade.
Fui deixando claro que ao virem para aula de dança elas arcaram com um desejo, tinham feito uma escolha e eu estava ali para ser coerente e ajudá-las sempre da melhor forma.
Elas precisavam aprender sobre “consequências” e eu, assumir meu poder sobre a situação.
A sala de aula era meu território, onde haviam regras que serviam não para tirar-lhes a liberdade, mas para assegurar-lhes o aprendizado e fazer valer o real sentido de estarem ali. Tive que aprender a mostrar que eu tinha interesse no interesse delas e tentava fazer isso com gentileza e cordialidade e com uma dose certa de autoridade.
Fui deixando claro que ao virem para aula de dança elas arcaram com um desejo, tinham feito uma escolha e eu estava ali para ser coerente e ajudá-las sempre da melhor forma.
Elas precisavam saber o que é esperado deles em
termos de comportamento, pois por conta própria não saberiam, já que cada um
tem uma experiência de vida diferente, senso comum limitado e cabe a nós
professores dar-lhes apoio, incentivar sentimentos positivos e seguros e ser
coerente na definição das regras. Orientar para que eles possam trabalhar
habilidades comportamentais que garantam um ótimo aprendizado no decorrer dos
anos acadêmicos.
O processo é lento, mas vale apena seguir firme e mostrar que você ama o que faz e é capaz de direcionar a atenção e energia de seus alunos fazendo-os sentir a importância de sua escolha e as consequências boas e ruins de suas atitudes em sala de aula. O resultado é sempre muito gratificante para ambas as partes!
Beijos! <3