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29/11/2017

Entrevista Bailarina Letícia Dias Domingues

Bailarina da companhia do Royal Ballet em Londres, Letícia Dias Domingues, 20 anos, falou com o Mundo Bailarinístico sobre sua vida no Ballet e sua trajetória até chegar a este posto, tão desejado, por tantos bailarinos do mundo todo, de dançar numa das maiores companhias de Ballet.

Começou o ballet com 4 anos de idade e aos 9 eu entrou na escola de dança Petite Danse na tijuca-RJ. Participou de diversos festivais, tais como o festival de Joinville onde foi premiada com o  primeiro lugar em 2012 e 2013, o YAGP e muitos outros. E aos 16 anos, foi selecionada para participar de uns dos maiores festivais de dança do mundo: Prix de Lausanne na Suiça.
Lá, foi selecionada para a final e então foi premiada com a quarta melhor bolsa de estudos do festival, conseguindo então ir parar na Royal Ballet School em Londres pro ano de 2013.
E agora, como bailarina contratada e trabalhando com o que mais ama: dançar!

MB- Como o ballet surgiu em sua vida e em que momento acredita que ele te escolheu para se tornar uma bailarina "de verdade". Quando decidiu que dedicaria sua vida à esta arte?

LD- Eu decidi que queria ser uma bailarina de verdade quando tinha 9 anos e fiz uma das minhas primeiras aula de ponta. Me apaixonei ainda mais e falei pra minha mãe que aquilo era o que eu queria, tendo que me dedicar ainda mais.

MB- Como foi sua formação aqui no Brasil e o que acha que foi mais importante no processo para se chegar onde está agora?

LD- Minha formação no Brasil foi maravilhosa. Aprendi muito com diversos professores, me apresentei em inúmeros teatros, ganhando assim a tão famosa "experiência de palco" e acho que uma das coisas mais importantes que eu tinha quando vim para a Europa era isso, esse diferencial de ter dançado tanto, em tantos lugares diferentes me fez ter um pouco mais de confiança em relação a outros bailarinos. Me sentindo mais à vontade no palco.

MB- Com qual sentimento você saiu daqui para o Prix de Lausanne e com qual sentimento saiu de lá?

LD- Quando fui selecionada para o Prix meu coração quase explodiu, sai do Brasil pensando que essa era a oportunidade da minha vida, que eu queria muito sair de lá com uma bolsa de estudos para o exterior para poder continuar seguindo em busca do meu sonho. E lá, quando consegui a bolsa eu percebi: que todo o esforço valeu a pena! Foi um dos dias mais felizes da minha vida.

MB- Você imaginava, em seus sonhos, fazer parte do Royal Ballet? Como é viver este sonho? 



MB- Quais as maiores dificuldades de viver em outro país?

LD- Uma das maiores dificuldades de viver em outro país é a saudade. Sinto muita falta da minha família, da minha cultura, do Sol haha. São sacrifícios que temos que fazer pelo que amamos.

MB- Qual a rotina de uma bailarina numa cia profissional? Vocês mudam algo nessa rotina de um ballet para outro; de uma temporada para outra?

LD- A nossa rotina é sempre bem pesada, temos aula todo dia de 10:30am as 11:45am e depois temos ensaios até 18:30 todos os dias. Quando temos apresentação durante a semana, somos obrigados a parar o dia ás 17:30 para termos duas horas de descanso para uma apresentação que começa 19:30! Pesado mas eu amo.

MB- O que você espera do Ballet de hoje em diante?

LD- Eu espero que o ballet de hoje em dia consiga transmitir para as pessoas a paixão que cada bailarino coloca quando estamos dançando. É uma arte linda que precisa ser mais reconhecida.

MB- Para você dançar é:

LD- Vida. Faz parte de mim. 
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