11/07/2014
Dança e saúde - Me machuquei. E agora?
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ballet e saúde,
DANÇA E SAÚDE,
Dança e saúde - Me machuquei. E agora?,
Evitando lesões na dança,
lesões ballet
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Infelizmente, algumas vezes nos machucamos no ballet. Isso acontece por forçarmos demais; por fazer exercícios sem nos aquecer ou até mesmo de forma errada. Uma dorzinha ou outra são normais, mas se a dor for constante e estiver te atrapalhando, o ideal é buscar um médico. As lesões musculares podem ser classificadas em três graus
crescentes de gravidade:
Grau I:
estiramento muscular. Ocorre uma deformação das fibras musculares, que se
tornam alongadas e não são capazes de retornar ao comprimento original. Essas
lesões produzem pouca limitação e em um curto período o atleta poderá retomar
as performances.
Grau II: rotura
de algumas fibras musculares (rotura incompleta do músculo). Essas lesões
produzem maior limitação e exigem maior período de afastamento.
Grau III: Rotura
completa do músculo. Essas lesões exigem período ainda maior de afastamento e
em alguns casos pode até ser indicado o tratamento cirúrgico.
Um profissional experiente é capaz de avaliar razoavelmente
bem o grau de gravidade de uma lesão apenas examinando o paciente, mas em casos
mais incapacitantes é benéfico fazer uso de ultrassonografia ou ressonância
magnética para ajudar, pela imagem, a determinar o grau da lesão.
O tratamento inicial, no entanto, é o mesmo, independente da
gravidade da lesão, e o ideal é que seja iniciado assim que a lesão ocorre, de
preferência ainda no local onde ocorreu. Consiste de cinco fatores denominados
em inglês pela sigla PRICE (Protection, Rest, Ice, Compretion and Elevation),
que, traduzindo para o português, seria Proteção, Repouso, Gelo, Compressão e
Elevação.
Proteção: pode variar do simples afastamento da atividade
esportiva até o uso de muletas ou mesmo a imobilização, dependendo da
intensidade da dor.
Repouso: deve ser o maior possível para evitar a dor
Gelo: pode-se colocar uma bolsa de gelo sobre o local
lesionado por cerca de 15 minutos, com intervalo mínimo de 4 horas entre as
aplicações; períodos maiores do que 15 minutos ou menores do que 4 horas de
intervalo podem ser prejudiciais.
Compressão: feita através de enfaixamento, sem tensão
excessiva.
Elevação: de acordo com o local e a gravidade, elevar a região
acometida.
A avaliação da lesão por um médico especializado é
importante para determinar qual a musculatura acometida e qual o grau da lesão,
para que seja indicado o tratamento correto. Além dos fatores indicados acima,
que podem ser iniciados pelo próprio atleta, pode-se usar medicamentos para o
controle da dor, mas isso não deve ser feito de forma indiscriminada: os
antiinflamatórios, por exemplo, usados muitas vezes sem prescrição médica,
podem prejudicar a cicatrização muscular se tomados em excesso.
O retorno à prática do esporte deve ser feito conforme
orientação médica. O retorno precoce, assim que a dor melhora, pode levar a uma
re-rotura, e todo o período prévio de tratamento terá sido perdido.
FONTE: lesões na dança