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16/12/2015

Entrevista Exclusiva - Gustavo Carvalho

O bailarino Gustavo Carvalho acabou de se tornar primeiro bailarino do Ballet Nacional Sodré  no Uruguai, em tempo recorde e com apenas 20 anos! A primeira temporada dele já no cargo será Romeu e Julieta, em dezembro. E ele falou sobre sua carreira e conquistas ao Mundo bailarinístico. Espero que gostem!


Ele que iniciou seus estudos de ballet aos 9 anos, no Balet Marcia Sampaio, sob a orientação do professor Jorge Texeira. Em 2007 ingressou no Curso de Formação Profissional do Conservatório Brasileiro de Dança e neste mesmo ano começou a participar e se destacar em concursos internacionais: recebeu o Prêmio de Bailarino Revelação no Danzamérica Argentina e se apresentou como bailarino convidado na Gala Seletiva Prix de Lausanne, no Teatro Municipal de Córdoba, Argentina.

Aos 14 anos foi convidado por Jorge Texeira, diretor da Cia Brasileira de Ballet, uma das mais tradicionais do país, a integrar o elenco da companhia, onde logo começou a atuar como solista, dançando os principais papeis do repertório clássico e contemporâneo da companhia.

Em 2010 participou do maior e mais importante festival de dança do Brasil, o Festival de Dança de Joinville, onde conquistou três medalhas de ouro e recebeu o título de “Menino de Ouro”. Ainda no ano de 2010, conquistou o bronze no 3º Beijing International Ballet Invitation - China.

Entre os anos de 2011 e 2013, se apresentou como bailarino convidado em diversas galas e participou de todas as tournées no Brasil e no exterior da Cia. Brasileira de Ballet como 1º solista:

. Gala em comemoração aos 99 anos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, RJ – Brasil;

. Gala de Clausura da seletiva do Youth America Grand Prix, Córdoba – México;

. International Young Medal Winner Performance, Miami – EUA;

. XIX International Ballet Festival of Miami- EUA;

. Gala de Encerramento da Seletiva Prix de Lausanne, Córdoba – Argentina;

. Tournée da CBB por: Israel, Colômbia, China, Estados Uinidos e por mais de 20 cidades brasileiras.

Do seu repertório, como 1º solista da Cia. Brasileira de Ballet, destacam-se suas atuações como Albrecht (Giselle), Príncipe Siegfried (O Lago dos Cisnes), Basílio (Don Quixote), Luc (A Flauta Mágica), Príncipe (O Quebra-Nozes), Franz (Coppélia) e nos grand pas de deux de Corsário, Diana e Acteon, Raymonda e Arlequinade.

Em 2014, conquistou bronze e premiação especial de “Melhor Dupla” no USA/IBC International Ballet Competition, Jackson. Após convite do diretor Julio Bocca, dançou o papel principal de Don Quixote na temporada do Ballet Nacional de Sódre, Montevideo, Uruguai, que lhe rendeu novo convite, para La Bayadere. Durante os ensaios, Bocca o convidou para integrar a companhia como solista, cargo que ocupa atualmente. Em 2015, dançou com o Ballet Sódre todas temporadas nacionais e se apresentou em diversos países como Colômbia, Chile, México, Argentina, Tailândia e Israel.

❤ Como decidiu começar a fazer ballet?

Comecei o ballet com 9 anos no Cabo Frio Ballet, onde conheci a bailarina Vivian Navega (atual bailarina do Ballet da Cidade de São Paulo) que me indicou para uma outra escola em Cabo Frio, o Ballet Marcia Sampaio onde o Jorge Texeira dava aulas aos sábados. Um ano depois fui convidado para entrar no curso de formação do Conservatório Brasileiro de Dança, lá me formei e logo depois entrei na Cia Brasileira de Ballet.

❤ Qual a importância da participação em festivais? Como encarar as críticas? 

Acho uma etapa muito importante na carreira de todo bailarino, até porque quando você está em uma escola não tem outra escolha, é o único lugar que você tem pra dançar sem ser o espetáculo de final de ano da sua escola. Só acho que não podemos ficar dependentes dos festivais, e avaliar nosso futuro pelos resultados, temos que saber a hora de parar. Participei de muitos festivais nacionais e internacionais até o momento em que comecei a dar uma direção mais profissional a minha carreira.

❤ Conte-nos a sensação de conquistar 3 medalhas de ouro num festival como o de Joinville

Os dois primeiros anos que fui, não tinha idade para competir no Cau Hansen, então ia para o Meia Ponta!! E quando pude dançar pela primeira vez nesse palco, fiquei em êxtase!! Depois receber as 3 medalhas de ouro, foi melhor ainda, uma sensação de dever cumprido!


❤ Qual seu ballet preferido e porque?

Romeu e Julieta. Porque é todo um conjunto, de coreografia, música, cenografia.... É uma produção incrível, que estarei tendo o prazer de dançar agora, pela primeira vez!

❤ Acredita que bailarinos homens tenhas desvantagens em relação às meninas? Sofre algum tipo de preconceito?

Acho que desvantagens não, até porque, a concorrência entre homens é menor! Mas o trabalho e a dedicação é igual para todos!
Graças a Deus não sofri com preconceitos, sempre tive o apoio da minha família e amigos! Mas existe, ainda mais no brasil, que não é uma arte valorizada!

❤ Qual seu maior sonho bailarinístico?

O reconhecimento do meu trabalho!

❤ Para você dançar é: 

A dança é minha paixão, é tudo pra mim…uma sentimento que só quem experimenta pode sentir e falar que é sinônimo de alegria. A cada apresentação é uma sensação diferente, são momentos únicos de total entrega.

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